Santa Isabel da Hungria



De estirpe real, pois foi filha de André e Gertrudes, reis da Hungria, nasceu em 1207 e recebeu no batismo o nome de Isabel (Elisabeth), o qual significa ‘casa de Deus’. Aos quatro anos de idade viaja para a Alemanha onde crescerá juntamente com a família do seu noivo, Luís, príncipe da Turíngia e sucessor do rei da Turíngia, Hermano.
Dada a sua vida simples, piedosa e desligada das pompas da corte, concluíram que a menina não seria uma boa companheira para Luís. E por isso perseguiram-na e maltrataram-na, dentro e fora do palácio.
Luís, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo percebeu o grande valor de Isabel. Não se impressionava com a pressão dos príncipes e tratou de se casar o quanto antes. O que aconteceu em 1221.
A Santa não recuava diante de nenhuma obra de caridade, por mais penosas que fossem as situações, e isso em grau heróico! Por influência de Isabel o governo da corte era marcado por três lemas:Piedade, Pureza e Justiça.
A caridade para com os pobres e doentes e a simplicidade de vida de Isabel causava grandes ciúmes e inveja das cunhadas e a sogra que vivia na corte. Certa vez ela estava levando comida para um doente pobre e Luís mandou que ela parasse e olhou debaixo do seu manto, mas em vez de comida ele só encontrou rosas. Este teria sido o seu primeiro milagre.
Outro milagre quando ela foi vista carregando para dentro do castelo uma criança pequena com lepra e o colocou em um cama e as criadas da corte se assustaram e chamaram seu marido Luís, para mostrar o que sua esposa havia feito. A chegar e olhar para a criança ele somente viu o Menino Jesus sorrindo para ele. Desmaiou. Após esse milagre ela, com a benção de seu marido, construiu orfanatos, fundou outro hospital com 28 camas (considerado de bom tamanho para a época) e ainda providenciou para que centenas de pessoas fossem alimentadas diariamente.
Certa vez horrorizada com a coroa de espinhos na cabeça de Jesus, nunca mais usou sua coroa dentro de uma igreja ou capela, e nos dias de jejum e na semana santa e feriados religiosos ela não usava a coroa e nem as vestimentas de rainha e sim modestas vestes comuns, algumas em farrapos. Seus criados e criadas eram proibidas de a servirem ou a atenderem nesses dias. Fazia questão de fazer tudo sozinha.
A sua vida de soberana não era fácil e frequentemente tinha que acompanhar o marido em longas e duras cavalgadas. Além disso tinha o cuidado dos filhos: Hermano, nascido em 1222; Sofia em de 1224 e Gertrudes em 1227. Estava grávida de Gertrudes, quando descobriu que seu marido se comprometera com o Imperador Frederico II a seguir para a guerra das Cruzadas para libertar Jerusalém. Nova renúncia duríssima! E mais: antes mesmo de sair da Itália, o duque morre de febre, em 1227! Ela recebe a notícia ao dar à luz a menina.
Quando Luís ainda vivia, ele e Isabel receberam em Eisenach alguns dos primeiros franciscanos que chegavam à Alemanha por ordem do próprio São Francisco. Foi-lhes dado um conventinho. Assim, a Santa passou a conhecer o Poverello de Assis e este a ter frequentes notícias dela. Tornou-se mesmo membro da Família Franciscana, ingressando na Ordem Terceira que Francisco fundara para leigos solteiros e casados e sacerdotes seculares. Era, pois, mais que amiga dos frades. Chegou a receber de presente o manto do próprio São Francisco!
Morto o marido, os cunhados tramaram cruéis calúnias contra ela e expulsaram-na do castelo de Wartburg. E de tal forma apavoraram os habitantes da região, que ninguém teve coragem de acolher a pobre, com os pequeninos, em pleno Inverno. Duas servas fiéis acompanharam-na, Isentrudes e Guda.
De volta ao Palácio quando chegaram os restos mortais de Luís, Isabel passou a morar no castelo, mas vestida simplesmente e de preto, totalmente afastada das festas da corte. Com toda a naturalidade, voltou a dedicar-se aos pobres. Todavia, lá dentro dela o Senhor chamava-a para se doar ainda mais. Mandou construir um conventinho para os franciscanos em Marburg e lá foi morar com as suas servas fiéis. Compreendeu que tinha de resguardar os direitos dos filhos. Com grande dor, confiou os dois mais velhos para a vida da corte. Hermano era o herdeiro legítimo de Luís. A mais novinha foi entregue a um Mosteiro de Contemplativas, e acabou sendo Santa Gertrudes! Assim, livre de tudo e de todos, Isabel e suas companheiras professaram publicamente na Ordem Franciscana Secular e, revestidas de grosseira veste, passaram a viver em comunidade religiosa. O rei André mandou chamá-las, mas ela respondeu que estava de facto feliz. Por ordem do confessor, conservou algumas rendas, as quais reverteram para os pobres e sofredores.
Construiu um abrigo para as crianças órfãs, sobretudo defeituosas, como também hospícios para os mais pobres e abandonados. Naquele meio, ela sentia-se de facto rainha, mãe, irmã. Isso no mais puro amor a Cristo. No atendimento aos pobres, procurava ser criteriosa. Houve época, ainda no palácio, em que preferia distribuir alimentos para 900 pobres diariamente, em vez de lhes dar maior quantia mensalmente. É que eles não sabiam administrar. Recomendava sempre que trabalhassem e procurava criar condições para isso. Esforçava-se para que despertassem para a dignidade pessoal, como convém a cristãos. E são inúmeros os seus milagres em favor dos pobres!
De há muito que Isabel, repleta de Deus, era mais do céu do que da terra. A oração a arrebatava cada vez mais. As suas servas testemunharam que, nos últimos meses de vida, frequentemente uma luz celestial a envolvia. Assim chegou serena e plena de esperança à hora decisiva da passagem para o Pai. Recebeu com grande piedade o sacramento dos enfermos. Quando o seu confessor lhe perguntou se tinha algo a dispor sobre a herança, respondeu tranquila: "Minha herança é Jesus Cristo!" E assim nasceu para o céu! Era 17 de Novembro de 1231.
Sete anos depois, o Papa Gregório IX, de acordo com o Conselho dos Cardeais, canonizou solenemente Isabel. Foi em Perusa, no mesmo lugar da canonização de São Francisco, a 26 de Maio de 1235, Pentecostes. Mais tarde foi declarada Padroeira dos Irmãos da Ordem Franciscana Secular.

sancta Elisabeth Hungaricae, ora pro nóbis!

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http://www.ofs.pt/isabel_hungria.html
http://www.paroquiasantaisabel.com.br/historiasanta.htm

Imaculado Coração de Maria


E você, já se consagrou ao Imaculado Coração de Maria?

Consagração individual

Preparação:
• Reze a novena, que terminará no mesmo dia da consagração.
• Procure confessar-se nesses dias.
• Assista à Missa e comungue no mesmo dia da consagração.

É muito importante renovar o propósito de cumprir os desejos da Virgem Maria:
• Rezar o Terço diariamente.
• Praticar os primeiros sábados.
1)Confissão reparadora ao Imaculado Coração de Maria;
2)Comunhão reparadora ao Imaculado Coração de Maria;
3)O Terço;
4)Meditação durante 15 minutos de um só mistério, de vários ou de todos.
• Reparar pelas blasfêmias contra o Coração de Maria.
• Procurar consolá-la pela nossa fidelidade a Maria.
• Entronizar a imagem do Coração de Maria na família.
• Renovar cada dia a consagração mariana com alguma fórmula breve, como por exemplo: “Ó Maria, minha Mãe! Ao vosso Imaculado Coração me consagro inteiramente, com tudo o que sou e possuo. Protegei-me agora e sempre como vosso filho. Amém”.

Novena ao Coração Imaculado de Maria

Pelo sinal + da Santa Cruz, livre-nos, Deus, + Nosso Senhor, dos nossos + inimigos. Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém.

Oração preparatória 
Meu Senhor Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, meu Criador e Redentor, que por amor aos homens tomastes a natureza humana, escolhendo por Mãe a Puríssima, Imaculada e sempre Virgem Maria, e dispondo o seu Coração com todo gênero de perfeições, para que do seu sangue precioso se formasse essa Humanidade santíssima em que padecestes a mais afrontosa das mortes para fazer-nos viver da vossa graça e assim livrar-nos da servidão do demônio e do pecado: eu vos amo, meu Deus, com todas as minhas forças, sobre todas as coisas, por esta bondade que a nós mostrastes, e me pesa por ter-vos ofendido. Espero que, pelos méritos do vosso preciosíssimo Sangue e do Coração sacratíssimo da vossa Mãe, me concedereis a graça que necessito para bem fazer esta novena, a fim de amar-vos e vos ser fiel até o fim. Amem.

Primeiro dia 
A Grandeza do Coração de Maria

Ó, Coração de Maria, cuja grandeza o universo admira! Fazei-nos igualmente grandes de coração e alcançai-nos virtude, Mãe querida, para esquecer todo tipo de injúrias, e ser tudo para todos, a fim de ganhá-los para Jesus Cristo.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Segundo dia 
A Amabilidade do Coração de Maria

Ó Maria, ó nossa Mãe! Vós tendes um Coração digno de amor, porque dominastes com toda perfeição as paixões: alcançainos fortaleza para sobrepor-nos a elas, e para lembrar e guardar sempre a lei da caridade, com a qual seremos também imagem da vossa doçura.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Terceiro dia 
A Compaixão do Coração de Maria

Mãe cheia de compaixão, fazei-nos compassivos! O vosso Coração não pode ver a dor e a miséria sem comover-se; acendei o nosso coração na mais ardente caridade, que nos mova a remediar as necessidades espirituais e temporais, tanto próprias e como as do nosso próximo.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Quarto dia 
O Fervor do Coração de Maria

Amabilíssima Mãe! Vós obrastes sempre com o maior fervor; e vós conheceis a minha frouxidão, preguiça e apatia, com as quais não posso agradar a Deus, a quem a tibieza produz náuseas. Eu acudo, minha Mãe, a Vós, para que me tireis da tão miserável estado. Assim como comunicastes o vosso fervor a Santa Isabel e a São João Batista, concedei-me a mesma graça.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Quinto dia 
A Pureza do Coração de Maria

Minha Santíssima Mãe! Vós, incomparavelmente mais que nenhuma outra criatura, fostes limpa de coração; Vós resplandeceis mais em pureza que todos os justos e anjos; Vós, pela beleza do vosso Coração, agradastes o Altíssimo e o atraístes ao vosso seio. Alcançai-nos, Senhora, essa pureza de coração; rogai por nós para que saibamos vencer as nossas más inclinações e viver no candor com que fostes adornada a fim de que possamos ver a Deus e morar com Ele eternamente.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Sexto dia 
A Mansidão do Coração de Maria

Virgem soberana, Rainha e Mãe cheia de mansidão! O vosso Coração mansíssimo repreende o nosso tão imortificado: queremos vos imitar; desde hoje nos propomos reprimir os movimentos da ira e praticar a mansidão. Alcançai-nos, Senhora, a graça que para isso necessitamos.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Sétimo dia 
A Humildade do Coração de Maria

Ó Virgem humilíssima! Vós sois Senhora, e vos chamais escrava; Vós sois eleita para o lugar mais distinguido, e buscais o último; Vós conheceis o mérito da humildade, e por isso a enraizais profundamente: alcançai-me esses sentimentos de humildade dos que Vós estais animada; fazei que vos imite nesta humildade de coração de que me dais tão brilhante exemplo.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Oitavo dia 
A Fortaleza do Coração de Maria

Minha Mãe! Vós conheceis a minha covardia e debilidade, que por desgraça me acompanharam quase sempre: pela admirável fortaleza que tanto vos distinguiu, rogo-vos que infundais no meu coração a fortaleza necessária para confessar a fé, para guardar a santa Lei de Deus e para prescindir de todo respeito humano na prática das virtudes.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Nono dia 
A Paciência do Coração de Maria

Mãe sempre paciente! Pela multidão e veemência das vossas dores, vos suplicamos que nos alcanceis a paciência e a resignação que necessitamos para sofrer com mérito as amarguras e penalidades que nos afligem. Senhora, a paciência nos é necessária. Vós nos destes o exemplo mais admirável dela: intercedei por nós para que saibamos vos imitar.

Depois se reza uma dezena do Terço.

Oração final

Ó, Coração dulcíssimo de Maria, de quem recebi continuamente tantas graças, tantos benefícios e favores! Eu vos venero e vos dou graças, e com ternura de filho vos estreito contra o meu pobre coração. Permiti-me, minha Mãe, que com toda a confiança o entregue a vós; santificai-o com a vossa benção e trocai-o em um belo jardim onde possa recrear-se o vosso Santíssimo Filho. Amém.

Saudações a Nossa Senhora 

1. Saúdo-vos, Coração santíssimo de Maria, com o coro dos Serafins, e vos suplico que me alcanceis um coração verdadeiramente grande para amar e servir a Deus e para fazer o bem a todos os homens. Ave Maria.
2. Saúdo-vos, puríssimo Coração de Maria, com os Querubins e vos rogo que me alcanceis uma caridade cheia de amabilidade. Ave Maria.
3. Saúdo-vos, perfeitíssimo Coração de Maria, com o coro dos Tronos, confiando que me obtereis a graça de ser compassivo de coração. Ave Maria.
4. Saúdo-vos, Coração amantíssimo de Maria, com o coro das Dominações, suplicando que me concedais o verdadeiro fervor. Ave Maria.
5. Saúdo-vos, Coração retíssimo de Maria, com o coro das Virtudes, esperando que me concedereis a pureza de coração. Ave Maria.
6. Saúdo-vos, Coração fidelíssimo de Maria, com o coro das Potestades, e vos rogo que me alcanceis a mansidão. Ave Maria.
7. Saúdo-vos, Coração clementíssimo de Maria, com o coro dos Principados, esperando que me ajudareis a ser humilde de coração.Ave Maria.
8. Saúdo-vos, Coração piedosíssimo de Maria, com o coro dos Arcanjos, confiando que me alcançareis fortaleza para cumprir sempre a santa Lei de Deus. Ave Maria.
9. Saúdo-vos, Coração prudentíssimo de Maria, com o coro dos Anjos, suplicando que me alcanceis a paciência e a resignação nos trabalhos e sofrimentos. Ave Maria.

Ato de Consagração 

Amabilíssima e admirabilíssima Virgem Maria, Mãe do meu Salvador Jesus Cristo e minha Mãe, prostrado aos vossos pés, unindo-me humildemente a todos os atos de devoção e amor de todos os corações que vos amam no Céu e na terra, Vos saúdo, Mãe queridíssima, Vos venero e Vos elejo hoje por minha Soberana e Rainha do meu coração, guia da minha vida, minha Protetora, minha Advogada e meu Refúgio em todas as minhas necessidades espirituais e corporais.
Eu Vos ofereço e consagro a minha alma, o meu coração, meu corpo e tudo o que me pertence. Desejo também que todos os meus pensamentos, palavras, ações, todos os alentos de respiração e batidas do meu coração sejam, no presente e no futuro, outros tantos atos de louvor da Santíssima Trindade por todos os privilégios e graças incomparáveis que Vos concedeu.
Ó Virgem amabilíssima! Entrego confiante em vossas mãos maternais todos os meus desejos e propósitos, e não quero nunca aspirar a algo mais além do que seja conforme com a Vontade do vosso Divino Filho e com a vossa.
Aceitai-me, Vos rogo, queridíssima Mãe, entre os vossos filhos prediletos e no número dos vossos servos escolhidos, privilegiados de poder colaborar na preparação do triunfo do vosso Coração Imaculado. Considerai-me e tratai-me inteiramente como vossa propriedade.
Disponde de mim e conduzi-me sempre e em todo lugar, não segundo as minhas próprias inclinações e desejos, mas segundo o vosso beneplácito.
Eu, por minha parte, tomo hoje o firme propósito de observar fielmente os mandamentos do vosso Divino Filho Jesus, de seguir as vossas maternais exortações, ó Rainha do Santo Rosário, de vos amar ternamente de vos consolar. Quero também, enquanto me for possível, pelas minhas orações e sacrifícios levar muitas almas a fazer o mesmo.
Sobretudo, quero venerar com especial devoção o vosso Puríssimo Coração, ardente de caridade, e com a vossa poderosa assistência, ó Mediadora de todas as graças, tratar de imitar tanto como eu puder as sublimes virtudes que vos adornaram aqui na terra.
Ó, Rainha do meu coração, que pelo misterioso obrar do Espírito Santo na vossa alma santíssima fostes transformada num verdadeiro Espelho de Justiça de Jesus, vosso Divino Filho; gravai no meu coração, vos imploro, uma imagem perfeita das virtudes do vosso, a fim de que o meu coração seja um retrato vivo do vosso Imaculado.
Ó, Virgem gloriosa, vosso Puríssimo Coração esteve durante a sua existência aqui na terra estreitamente unido ao Divino Coração do vosso Filho, compartindo plenamente os seus nobilíssimos sentimentos e o seu espírito de sacrifício; e agora, elevado à bem-aventurança do Céu, está perenemente unido a Ele de modo inigualável, na mais sublime felicidade. Por isso vos rogo, ó Mãe de Deus, uni o meu pobre coração de tal maneira ao do meu Jesus que não abrigue outros sentimentos e desejos senão os vossos, e que não faça nunca senão o que for mais agradável ao seu Sacratíssimo Coração e ao vosso Dulcíssimo Coração Imaculado, ó Mãe benigníssima. Amém. Jesus Cristo.
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fonte: http://escravasdemaria.blogspot.com.br/2011/11/consagracao-nossa-senhora_05.html

Os Santos e as Almas do purgatório


Algumas pessoas acham que ver almas ou espíritos é coisa de quem é espírita ou do Espiritismo. Mas essa realidade não se relaciona a religião nenhuma. No Cristianismo católico há centenas de relatos se manifestações das almas pedindo oração ou revelando algo desde os primórdios da Igreja. A Igreja nunca negou essa possibilidade, mas também nos adverte de que nossa fé não se baseia nos espíritos ou nas manifestações deles, nossa fé se baseia em Cristo e na salvação que ele nos trouxe, no seu amor pessoal de Deus, Irmão, Pai. Essa é a diferença essencial no modo em tratar os fenômenos do além-túmulo ,entre Catolicismo e Espiritismo. No Catolicismo, essas manifestações fazem parte como de um apêndice, estão nas entrelinhas, não são fundamentais, as almas podem se manifestar, mas não devemos cultuar isso como algo relevante, pois os mortos já decidiram seu caminho e não há volta. Só podemos rezar por eles e oferecer-lhes nossas boas ações e orações para pedir a Deus que os perdoe e os receba em sua presença.
No Espiritismo, há toda uma reflexão em torno dessas manifestações, é a base dessa religião, há toda uma teoria voltada para esclarecer os mínimos detalhes do outro mundo, algo que na minha opinião é por demais forçoso : acreditar que podemos saber tudo como é o após morte. 

1- SÃO BENTO E SANTA ESCOLÁSTICA
São Bento e Santa Escolástica são irmãos pela graça e pelo sangue. Encontravam-se uma vez por ano e falavam sobre as coisas do céu. Na última visita, Santa Escolástica insiste para que se demorem mais louvando a Deus. Pela oração de Santa Escolástica, Deus envia uma grande chuva. Três dias depois do encontro com Santa Escolástica Bento vê a alma de sua irmã penetrar no céu.






2-SÃO FRANCISCO E O LEPROSO
Um leproso, curado do corpo e da alma, pela oração de São Francisco, após quinze dias de penitência, enfermou de outra enfermidade: e armado com os santos sacramentos da santa madre Igreja, morreu santamente; e sua alma, indo ao paraíso, apareceu nos ares a S. Francisco, que estava em uma selva em oração, e disse-lhe:
"Reconheces-me?" 
"Quem és?", disse S. Francisco.
E ele disse: 
"Sou o leproso, o qual Cristo bendito sarou por teus méritos, e hoje vou à vida eterna, pelo que rendo graças a Deus e a ti. Bendito sejam tua alma e teu corpo e benditas as tuas palavras e obras: porque por ti muitas almas se salvarão no mundo: e saibas que não há dia no mundo no qual os santos anjos e os outros santos não deem graças a Deus pelos santos frutos que tu e a Ordem tua fazeis em diversas partes do mundo: e portanto toma coragem e agradece a Deus e fica com a sua bênção". 
E ditas estas palavras subiu para o céu; e S. Francisco ficou muito consolado.
Em louvor de Cristo. Amém.

3- FREI CONRADO VÊ ALMA DE JOVEM
Frei Conrado de Offida, admirável zelador da pobreza evangélica e da Regra de S. Francisco, foi de tão religiosa vida e de tanto mérito para com Deus, que Cristo bendito em vida e na morte o honrou com muitos milagres; entre os quais uma vez tendo ido como forasteiro ao convento de Offida, os frades pediram-lhe pelo amor de Deus e da caridade que admoestasse um frade jovem que havia naquele convento, o qual procedia tão infantilmente e desordenadamente que perturbava Os velhos e os jovens daquela família, e do oficio divino e das outras regulares observâncias pouco ou nada se importava. Pelo que Frei Conrado, por compaixão daquele jovem e pelos pedidos dos frades, chamou à parte o dito jovem e com fervor de caridade lhe disse tão eficazes e devotas palavras de admoestação, que com a operação da divina graça ele subitamente se mudou de moço em velho de costumes e tão obediente e benigno e solicito e devoto, e ainda tão pacífico e serviçal, e tão cuidadoso para com todas as coisas de virtude, que, como primeiramente toda a família vivia perturbada por ele, assim depois todos estavam contentes e consolados e grandemente o amavam. Adveio, como aprouve a Deus, que poucos dias depois desta conversão o dito jovem morreu; do que os ditos frades muito se lamentaram, e poucos dias depois da morte sua alma apareceu a Frei Conrado, estando ele devotamente em oração, diante do altar do dito convento, e o saudou devotamente como a seu pai; e Frei Conrado lhe perguntou: 
«Quem és?" Respondeu:
"Eu sou a alma daquele frade jovem que morreu há dias". 
E Frei Conrado: "Ó filho caríssimo, que é feito de ti?" 
Respondeu ele: ' Pela graça de Deus e pela vossa doutrina vou bem, porque não estou danado: mas por certos pecados meus, os quais não tive tempo de purgar suficientemente, suporto grandíssimas penas no purgatório: mas te peço, pai, que, como por tua piedade me socorreste quando eu era vivo, assim agora queiras socorrer-me nas minhas penas, dizendo por mim algum Pai-nosso, porque a tua oração é muito aceita de Deus". Então Frei Conrado, consentindo benignamente no pedido e dizendo por ele uma vez o pai-nosso com requiem aeternam, disse aquela alma: "Ó pai caríssimo, quanto bem e quanto refrigério eu sinto! Peço-te que o digas uma outra vez". 
E Frei Conrado disse e, dito que foi, disse a alma: "Santo pai, quando tu rezas por mim, sinto-me todo aliviado; pelo que te peço que não cesses de rezar por mim"-
 Então Frei Conrado, vendo que aquela alma era tão ajudada pelas suas orações, disse por ela cem pai-nossos e tendo terminado, disse aquela alma: 
"Agradeço-te, pai caríssimo, da parte de Deus pela caridade que tiveste comigo; porque pelas tuas orações estou livre de todas as penas e me vou ao reino celestial".
E dito isto partiu aquela alma.
Então Frei Conrado, para dar alegria e conforto aos frades, lhes contou por ordem toda aquela visão.
Em louvor de Cristo bendito. Amém.


4- FREI PACÍFICO VÊ A ALMA DE FREI HUMILDE IR PARA O CÉU 
Na dita província da Marca, depois da morte de S. Francisco, entraram dois irmãos na Ordem; um teve por nome Frei Humilde e o outro Frei Pacífico, os quais foram homens de grandíssima santidade e perfeição.
E um, isto é, Frei Humilde, estava no convento de Soffiano e ali morreu; o outro estava de família em um convento assaz afastado dele. Como prouve a Deus, Frei Pacífico, estando um dia em oração num lugar solitário, foi arrebatado em êxtase e viu a alma do seu irmão Frei Humilde subir diretamente ao céu, sem demora nem impedimento, na mesma hora em que deixava o corpo - Sucedeu que, depois de muitos anos, este Frei Pacífico foi posto em família no dito convento de Soffiano, onde seu irmão tinha morrido. Nesse tempo os frades, a pedido dos senhores de Brunforte, mudaram o convento para um outro lugar; pelo que, entre outras coisas trasladaram as relíquias dos santos frades que haviam morrido naquele convento. E chegando à sepultura de Frei Humilde, o seu irmão Frei Pacífico retirou-lhe os ossos e lavou-os com bom vinho e depois os envolveu numa toalha branca, e com grande reverência e devoção os beijava e chorava: por isso os outros frades se maravilharam e não recebiam bom exemplo: porque, sendo ele homem de grande santidade, parecia que, por amor sensual e secular, chorava seu irmão, e que maior devoção mostrava por estas relíquias, do que pelas dos outros frades que tinham sido de não menos santidade do que Frei Humilde, e eram dignas de reverência como as dele. E conhecendo Frei Pacífico a sinistra imaginação dos frades, os satisfez humildemente e lhes disse: "Irmãos meus caríssimos, não vos admireis de que tivesse feito com os ossos do meu irmão o que não fiz com os dos outros; porque, bendito seja Deus, não se trata, como credes, de amor carnal, mas isso fiz porque, quando meu irmão passou desta vida, orando eu em um lugar deserto e afastado, vi sua alma pelo caminho certo subir ao céu; e portanto estou certo de que seus ossos são santos e ele deve estar no paraíso. E se Deus me tivesse concedido tanta certeza dos outros frades, a mesma reverência renderia aos ossos deles". Pela qual coisa os frades, vendo-lhe a santa e devota intenção, ficaram bem edificados com ele e louvaram a Deus, o qual faz assim coisas maravilhosas aos santos frades seus. Em louvor de Cristo. Amém.

5- FREI JOÃO DO ALVERNE VÊ AS ALMAS LIVRES DO PURGATÓRIO

Dizendo uma vez o dito Frei João a missa, no dia depois de Todos os Santos, por todas as almas dos mortos, conforme manda a Igreja, ofereceu com tanto afeto de caridade e com tanta piedade de compaixão aquele altíssimo sacramento; o qual pela sua eficácia as almas dos mortos desejam acima de todos os outros bens que por elas se possam fazer; que parecia todo ele se derreter pela doçura de piedade e de caridade fraterna. Pela qual coisa, naquela missa, levantando o corpo de Jesus Cristo e oferecendo-o a Deus Pai e rogando-lhe que, pelo amor do seu bendito filho Jesus Cristo, o qual, para resgatar as almas, fora dependurado na cruz, lhe aprouvesse libertar das penas do purgatório as almas dos mortos por ele criadas e resgatadas: imediatamente viu um número quase infinito de almas saírem do purgatório como inumeráveis faíscas de fogo que saíssem duma fogueira acesa, e viu subirem ao céu pelos méritos da paixão de Cristo, o qual todos os dias é oferecido pelos vivos e pelos mortos naquela sacratíssima hóstia digna de ser adorada in secula seculorum. Amém.



6- FREI JOÃO DO ALVERNE VÊ A ALMA DE FRADE TIAGO
No tempo em que Frei Tiago de Fallerone, homem de grande santidade, estava gravemente enfermo no convento de Moliano, na custódia de Fermo, Frei João do Alverne, o qual vivia então no convento de Massa, sabendo de sua enfermidade, porque o amava como seu querido pai, pôs-se em oração por ele, pedindo devotamente a Deus com oração mental que ao dito Frei Tiago restituísse a saúde do corpo, se fosse melhor para sua alma. E estando nesta devota oração foi arrebatado em êxtase e viu no ar um grande exército de anjos e santos posto sobre a sua cela que era na floresta, com tanto esplendor, que toda a região circunvizinha estava iluminada. E entre estes anjos viu Frei Tiago enfermo, por quem ele orava, envolto em cândidas vestes resplandecentes. 
Viu ainda entre eles o bem-aventurado Pai S. Francisco adornado dos sagrados estigmas de Cristo e de muita glória. Viu ainda e reconheceu a Frei Lúcido santo e a Frei Mateus, o antigo, do monte Rubiano, e mais outros frades, os quais nunca tinha visto nem conhecido nesta vida.
E olhando assim Frei João com grande satisfação aquele bendito cortejo de santos, foi-lhe revelado como certa a salvação da alma do dito frade enfermo e que daquela enfermidade devia morrer, mas não subitamente, e depois da morte devia ir ao paraíso, porque convinha um pouco purgar-se no purgatório Pela qual revelação Frei João teve tanta alegria pela salvação da alma, que da morte do corpo nada lastimava; mas com grande doçura de espírito o chamava em si mesmo dizendo:
 "Frei Tiago, doce pai meu; Frei Tiago, doce irmão meu; Frei Tiago, fidelíssimo servo e amigo de Deus; Frei Tiago, companheiro dos anjos e consócio dos bemaventurados"
- E assim com esta certeza e gáudio tornou a si e logo partiu do convento e foi visitar o dito Frei Tiago em Moliano: e encontrando-o tão grave, que apenas podia falar, anunciou-lhe a morte do corpo e a salvação e a glória da alma, segundo a certeza que tinha pela divina revelação. Pelo que Frei Tiago, todo alegre na alma e no semblante, o recebeu com grande letícia e riso venturoso, agradecendo-lhe a boa-nova que lhe trazia e a ele devotamente recomendando-se. Então Frei João lhe rogou instantemente que após morrer voltasse a ele para falar-lhe do seu estado; e Frei Tiago prometeu-lhe, se fosse da vontade de Deus. E ditas estas palavras, aproximando-se a hora do seu passamento, 
Frei Tiago começou a dizer devotamente aquele verso do Salmo: "Em paz na vida eterna adormecerei e repousarei".
E dito este verso, com venturosa e alegre face passou desta vida. 
E depois que ele foi enterrado, Frei João voltou ao convento de Massa e esperou a promessa de Frei Tiago de tornar a ele no dia que tinha dito. Mas orando no dito dia, apareceu-lhe Cristo com grande acompanhamento de anjos e santos, entre os quais não estava Frei Tiago.
Pelo que Frei João, maravilhando-se muito, recomendou-o devotamente a Cristo. 
Depois, no dia seguinte, orando Frei João na floresta, apareceu-lhe Frei Tiago acompanhado daqueles anjos, todo glorioso e todo alegre, e disse-lhe Frei João: "Õ pai caríssimo, por que não voltaste a mim no dia em que me prometeste?" 
Respondeu Frei Tiago: 
"Porque tinha necessidade de alguma purgação; mas naquela mesma hora em que Cristo te apareceu e me recomendaste, Cristo te atendeu e me livrou de todas as penas.
E então eu apareci a Frei Tiago de Massa, leigo santo, o qual servia à missa e viu a hóstia consagrada, quando o padre a ergueu, convertida e mudada na forma de uma belíssima criança viva; e disse-lhe: 'Hoje com este menino me vou ao reino da vida eterna, ao qual ninguém pode ir sem ele"'.
 E ditas estas palavras, Frei Tiago desapareceu e foi ao céu com toda aquela bemaventurada companhia de anjos, e Frei João ficou muito consolado. 
Morreu o dito Frei Tiago de Fallerone na vigília de S. Tiago apóstolo, no mês de julho, no sobredito convento de Moliano, no qual pelos seus méritos a divina bondade operou, depois de sua morte, muitos milagres. Em louvor de Cristo. Amém.

7- SANTA TEREZA D'AVILA VÊ ALMA E SEU BENFEITOR
No livro das Fundações nos diz ela que D. Bernardino de Mendoza lhe deu uma casa, um jardim e uma vinha para estabelecer um convento em Valladolid. Dois meses depois desta doação, antes desta concluída a fundação, este homem caiu subitamente doente e perdeu o uso da fala, de sorte que se não poude confessar, dando todavia sinais não equívocos de contrição. 
" Não tardou a morrer, diz Santa Teresa, longe do lugar onde eu estava nessa ocasião. 
Mas Nosso Senhor me falou e me fez saber que aquele homem se salvara (conquanto houvesse corrido grande risco de se não salvar), pois a misericórdia de Deus abaixara sobre ele, por causa dos donativos que fizera ao convento da Santíssima Virgem; todavia, sua alma não sairia do purgatório antes de se dizer a primeira missa na nova casa. Senti tão profundamente os sofrimentos desta alma, que não obstante o meu grande desejo de concluir no mais curto prazo possível a fundação de Toledo, suspendi logo esta, para trabalhar na de Valladolid. Um dia que eu estava em oração em Medina del Campo, Nosso Senhor me disse que me apressasse, pois que a alma de Mendoza estava sendo pasto dos mais pungente sofrimentos. 
 Pus-me logo a caminho, embora não estivesse preparada para isso, e cheguei a Valladolid no dia da festa de S. Lourenço.  Santa Teresa continua sua narrativa e nos diz que depois de haver recebido a sagrada comunhão, á primeira missa que foi celebrada na nova casa, a alma do seu benfeitor lhe apareceu radiante, e em seguida a viu entrar no ceú.  Ela não esperava que tal sucesso coroasse seus pios esforços, como ela própria observa, "pois, diz ela, conquanto me houvesse sido revelado que o livramento desta alma se seguiria á primeira missa, pensava eu que isto devia significar a primeira missa em que o Santíssimo Sacramento fosse encerrado no tabernáculo." 

8- SANTA FRANCISCA ROMANA VÊ FILHO FALECIDO
Ainda em 1413, apareceu-lhe seu filho falecido havia pouco, tendo a seu lado um jovem do mesmo tamanho, parecendo ser da mesma idade, mas muito mais belo.
- És realmente tu, filho do meu coração? - perguntou ela.
Ele respondeu que estava no Céu, junto com aquele esplendoroso Arcanjo que o Senhor lhe enviava para auxiliá-la em sua peregrinação terrestre.





9- SÃO JOÃO BOSCA VÊ ALMA DE AMIGO DE INFÂNCIA
S. João Bosco (1815 — 1888) perdeu em 1839 o seu mais íntimo amigo de infância,Luigi Comollo. “Os dois amigos tinha feito a recíproca promessa, um pouco temerária, de que o primeiro que morresse viria descansar o sobrevivente sobre a sua sorte no outro mundo. Na noite seguinte ao enterro de Luigi, sentiu-se no dormitório ocupado por vinte seminaristas, um estrondo impressionante. Brilhavam relâmpagos de fogo e depois extinguiam-se. A casa tremia. Uma voz gritou: “Estou salvo!”. Os seminaristas ficaram apavorados e nenhum ousou mexer-se até despontar a aurora.
Uma história incrivel! Mas houve testemu­nhas que o viram pessoalmente” von Matt, Don Bos­co, p.p. 64-65 NZN—Verlag, Zurique.


10- PADRE PIO VÊ ALMA SOFREDORA
Padre Pio contou a seguinte história ao Padre Anastácio: 
“Uma tarde, enquanto euestava rezando a sós, eu ouvi o sussurro de um terno, e eu vi um monge jovem que se mexeu próximo ao altar”. Parecia que o monge jovem estava espanando os candelabros e regando os vasos das flores. Eu pensei que ele era o Padre Leone que estava reestruturando o altar e como era a hora do jantar, eu fui próximo a ele e lhe falei: Padre Leone, vá jantar, não está na hora de espanar e consertar o altar. Mas uma voz que não era a voz do padre Leone me respondeu: Eu não sou o Padre Leone.
-Então perguntei: Quem é você? A voz então respondeu:
-“Eu sou um irmão seu que fez o noviciado aqui. Minha missão era que eu limpasse o altar durante o ano do noviciado. Desgraçadamente, eu, durante todo esse tempo não reverenciei a Jesus Sacramentado Deus todo Poderoso, todas as vezes que passava em frente ao altar causando grande aflição ao Sacramento Santo, por causa da minha irreverência. Por este descuido sério, eu ainda estou no Purgatório. Agora, Deus, com a sua bondade infinita, enviou-me aqui para que você estabeleça o dia em que eu passarei a desfrutar o Paraíso. É para você cuidar de mim”.
Eu pensei ter sido generoso com àquela alma de sofrimento e assim exclamei: “você estará amanhã pela manhã no Paraíso, quando eu celebrar a Santa Missa”. 
Aquela alma chorou e disse: 
“Cruel de mim, que malvado eu fui”. 
Então ele chorou e desapareceu. Aquela exclamação me produziu uma ferida no coração, que eu senti e sentirei a vida inteira. Na realidade eu teria podido enviar aquela alma imediatamente ao Céu, mas eu o condenei a permanecer outro noturno nas chamas do Purgatório 

11- SANTA MARGARIDA MARIA VÊ ALMA  DE MONGE
Santa Margarida Maria Alacoque (1647 — 1690) escreveu na sua autobiografia (edição de 1920, pg 98): “Estava diante do Santíssimo Sacramento e, de repente, apareceu à minha frente uma pessoa toda em fogo. 

O seu estado lamentável fez-me compreender claramente que se encontrava no purgatório e verti abundantes lágrimas. Disse-me que era a alma do monge beneditino que tinha ouvido a minha confissão e me tinha permitido ir comungar. Por esse motivo Deus tinha-lhe concedido o favor de poder dirigir-se-me, para que lhe adoçasse a pena. Pediu­-me que oferecesse por ele, durante três meses todas as minhas obras e o meu sofrimento. No fim de três meses, vi-o inundado de alegria e de esplendor: ia gozar a felicidade eterna. Me agradeceu  dizendo que velaria por mim junto de Deus”. 


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 FONTES:
 http://www.paxetbonum.net/fioretti_text_P.html
 http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/2012/05/santa-teresa-davila-e-uma-alma-do.html

O sonho de S. Dom Bosco sobre o purgatório


O texto a seguir refere-se a uma conferência que S. João Bosco fez, a 25 de junho e 1867, aos salesianos que estavam co ele no oratório. Depois de estabelecer horários e normas para o período de férias dos seminaristas e falar do período nos ambientes natais, que frequentemente têm o efeito de afastá-los da vocação. São João Bosco narrou o sonho que segue. Nesta parte III, traduzimos fielmente um trecho do capítulo LXXI do volume VIII das Memorie Biografiche Del Venerabile Don Giovanni Bosco, coligadas pelo Pe. Giovanni Batista Lemoyne S.D.B (tipografia S.A.I.D Buona Stampa, Turim. 1912, pag. 853-859)
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Ontem à noite, depois dos meus queridos jovens terem-se deitado, não conseguindo eu adormecer logo, estava a pensar na natureza e no modo da existência da Alma:
Como ela era feita; de que modo poderia encontrar-se e falar na outra vida, estando separada do corpo; como faria para deslocar-se dum lugar para o outro; como nos poderemos reconhecer uns aos outros depois da morte, não sendo então senão puros espíritos.
E quanto mais pensava nessas coisas, mais obscuro me parecia tal mistério.
Enquanto divagava por essas ideias e outras semelhantes, adormeci..., e pareceu-me então que estava na estrada que conduz a... (Dom Bosco nomeou a localidade), e que eu caminhava nessa mesma direção.
Andei durante algum tempo, atravessei lugares para mim desconhecidos, até que, em certo momento, ouvi que alguém chamava pelo meu nome.
Era a voz duma pessoa, parada na estrada:
– Vem comigo – disse-me a estranha personagem – e poderás ver logo o que desejas!
Obedeci imediatamente.
Mas a pessoa andava com a rapidez do pensamento, e eu no mesmo passo desse meu Guia. Andávamos de maneira tal que os nossos pés nem tocavam no solo.
Chegados por fim a uma certa região, que eu desconhecia, o Guia parou...
Erguia-se, sobre uma proeminência do terreno, um magnífico palácio, de construção admirável.
Não sabia onde estava, nem sobre qual montanha; nem me recordo mais se estava realmente numa montanha, ou se estava no ar sobre as nuvens.
Era inacessível, e não se via caminho algum para poder chegar até ao palácio.
As suas portas eram de considerável altura...
– Sobe a esse palácio – disse-me o Guia.
– Como vou fazer? – observei eu. – Como fazer para subir? Aqui por baixo não há entrada, e eu não tenho asas.
– Sobe! – replicou ele, com autoridade. E vendo que eu não me movia, acrescentou:
– Faz como eu: Levanta os braços, de boa vontade, e subirás. Vem comigo.
E assim dizendo, levantou ao alto as mãos, dirigindo-as para cima.
Eu também abri os braços, e senti-me logo alçado pelos ares, como uma nuvenzinha.
Eis que chego aos umbrais do palácio, e o Guia acompanhou-me até lá.
– O que há lá dentro? – perguntei.
– Entra, visita-o e verás. Ao fundo, num salão, encontrarás quem te ensinará.
E ele desapareceu, ficando só eu, como guia de mim mesmo.
Entrei no pórtico, subi as escadas e cheguei a um salão verdadeiramente régio.
Percorri salas espaçosas, aposentos riquíssimos de ornamentos, e longos corredores.
Caminhava com velocidade muito acima da normal.
Cada sala brilhava com a magnificência de tesouros espantosos, e naquela velocidade percorri tantos aposentos, que me foi impossível contá-los.
Mas uma coisa era mais admirável: para correr com a rapidez do vento, eu não movia os pés. Suspenso no ar, com as pernas juntas, deslizava sem esforço, como sobre um cristal, mas sem tocar no pavimento.
* * *
Passando assim de um aposento a outro, vi finalmente, no fundo dum corredor, uma porta. Entrei e encontrei-me num salão grande, que superava em magnificência todos os demais. No fundo dele, sobre uma cadeira de espaldar alto, avistei um Bispo, majestosamente sentado, em posição de quem se prepara para dar audiência. Aproximei-me com respeito, e fiquei admiradíssimo por reconhecer naquele Prelado um íntimo amigo meu:
Era Dom... (D. Bosco disse o nome dele, etc.), Bispo de..., falecido há já dois anos.
Parecia sentir-se muito bem, e o seu aspecto era radiante, afetuoso, e de tão grande beleza que eu não consigo exprimi-la...
– Oh! Senhor Bispo, vós por aqui? – perguntei, com grande alegria.
– Não me vê? – perguntou o Bispo.
– Mas, como é isso? Ainda estais vivo? Não morrestes?
– Sim, morri – respondeu o Bispo.
– Se morrestes, como é que estais sentado aqui, tão radiante e satisfeito? Se ainda estais vivo, por caridade, esclarecei-me: Na Diocese de..., há já um outro Bispo, Dom..., no vosso lugar. Como se explica tal confusão?
– Esteja tranquilo, e não se preocupe, que eu já morri...
– Ainda bem que já está outro Bispo no vosso lugar.
– Eu sei disso. E o senhor Dom Bosco, está vivo ou morto?
– Eu estou vivo. Não vedes que estou aqui, em corpo e alma?
– Aqui, não se pode ver com o corpo.
– Mas, sem embargo, aqui estou – respondi-lhe eu.
– Isso é o que lhe parece; mas não é assim – disse-me ele...
E apressei-me em falar-lhe, fazendo perguntas e mais perguntas, sem receber mais respostas... Até que perguntei-lhe:
– Como pode ser que eu, estando vivo, esteja aqui convosco, senhor Bispo, enquanto vós já morrestes?
Tinha receio de que o Bispo desaparecesse pelo que lhe roguei:
– Senhor Bispo, por caridade, não me deixeis. Preciso saber muitas coisas. Diga-me, senhor Bispo: Salvastes a vossa alma?
O Bispo, vendo-me tão ansioso, disse:
– Não se aflija tanto e fique calmo, que eu não fugirei. Pode falar.
– Dizei-me, senhor Bispo, estais salvo?
– Olhe-me e observe como estou robusto, cheio de louçania e brilho.
O seu aspecto dava-me realmente a certeza de que estava salvo; mas, não me contentando com essa impressão, repliquei:
– Dizei-me se estais salvo: Sim, ou não?
– Sim, estou num lugar de salvação.
– Mas já estais no Paraíso, gozando do Senhor? Ou estais ainda no Purgatório?
– Estou num lugar de salvação, mas ainda não vi a Deus, pelo que necessito de que rezem por mim.
– E quanto tempo ainda deverá estar no Purgatório?
– Olhe aqui e leia – disse ele, apresentando-me uma folha de papel.
Tomei na mão o papel, observei-o atentamente, mas nada vendo escrito, disse-lhe:
– Não vejo nada!
– Veja bem o que nele está escrito, e leia.
– Já olhei com atenção e estou a olhar novamente, mas nada posso ler, porque nada há escrito aqui.
– Veja com mais atenção!
– Vejo um papel com floreados vermelhos, azuis, verdes, cor de violeta, mas não encontro letra alguma.
– São algarismos – respondeu o Bispo.
– Não vejo letras, nem números – disse eu.

O Bispo olhou o papel que eu tinha nas mãos e disse:
– Já sei porquê o senhor não vê nada. Vire o papel ao contrário...
Examinei a folha com maior atenção, virei-a de todos os lados; mas nem dum lado nem doutro, nada consegui ler. Somente pareceu-me ver, entre uma infinidade de traços e desenhos, o número 8.
– O senhor Dom Bosco sabe por que é necessário ler ao contrário?
E continuou o Bispo:
– É porque os Juízos do Senhor são completamente distintos dos juízos do mundo. O que os homens julgam ser sabedoria, é tolice aos olhos de Deus.
Não tive coragem de insistir para que explicasse mais claramente, e disse:
– Senhor Bispo, não vos afasteis. Quero perguntar-vos mais coisas.
– Pois pergunte, que eu escuto-o.
– Eu salvar-me-ei?
– Deve ter esperança nisso.
– Não me façais sofrer. Dizei-me já se me salvarei.
– Não sei.
– Pelo menos, dizei-me se estou na Graça de Deus.
– Não sei.
– E os meus meninos, salvar-se-ão?
– Não sei.
– Mas, por favor, dizei-me. Estou implorando.
– O senhor estudou Teologia, e, portanto pode saber, pode dar a resposta a si mesmo.
– Mas, como? Estais num lugar de salvação e ignorais essas coisas?
– O Senhor dá-as a conhecer a quem quer. E quando quer que elas sejam comunicadas, dá ordem e permissão para tal.
A não ser assim, ninguém pode comunicar com os que ainda vivem.
Eu estava nervoso, na impaciência de fazer mais perguntas, e fazia-as apressadamente, com receio de que o senhor Bispo se retirasse...
– Dizei-me algo, para transmitir da vossa parte aos meus meninos.
– O senhor Dom Bosco sabe, tanto quanto eu, o que eles devem fazer.
Tendes a Igreja, o Evangelho e as demais Escrituras, que tudo vos dizem.
Diga-lhes, sim, que salvem as suas almas, pois tudo o mais de nada serve.
– Já sabemos que devemos salvar a alma. Mas que devemos fazer para salvá-la?
Dai-me alguma recomendação especial de salvação, que nos faça lembrar de vós. Eu repeti-la-ei aos meus rapazes, em vosso nome.
– Diga-lhes que sejam bons e obedientes.
– Quem é que não sabe essas coisas?
– Diga-lhes que sejam puros e que rezem.
– Mas, por favor, explicai-vos em termos mais detalhados.
– Diga-lhes que se confessem com frequência e que façam boas confissões.
– Alguma outra coisa ainda mais concreta?
– Pois direi já o que pretende:
Diga-lhes que têm diante dos olhos uma neblina, e que, quando alguém chega a vê-la, já está muito adiantada.
Que eles afastem, pois, essa neblina, como se lê nos Salmos: "Nubem dissipa"...
– Que neblina é essa?
– São todas as coisas mundanas que impedem de ver as coisas celestiais como de fato são.
– E o que devem fazer para afastar essa neblina?
– Que considerem o mundo exatamente como ele é – "Mundus totus in maligno positus est [o mundo está todo posto no maligno]" –, e então salvarão a alma.
Que eles não se deixem enganar pelas aparências do mundo.
Os jovens creem que os prazeres, as alegrias, as amizades do mundo, podem fazê-los felizes, e portanto, não esperam senão o momento de poder gozar esses prazeres.
Mas recordem-se de que tudo é vaidade e aflição de espírito, e tomem o hábito de ver as coisas do mundo, não como elas parecem ser, mas como elas realmente são.
– E essa neblina, como é especialmente produzida?
– Assim como a virtude que mais brilha no Paraíso é a Pureza, assim a obscuridade e a neblina são produzidas, principalmente, pelo pecado da imodéstia e impureza.
É como uma negra nuvem densíssima que tolda a visão e impede os jovens de verem o precipício, rumo ao qual caminham.
Diga-lhes, portanto, que conservem zelosamente a virtude da Pureza, porque os que a possuem "florebunt sicut lilium in civitate Dei [florescerão como o lírio na cidade de Deus]".
– E o que se requer para conservar a Pureza? Dizei-me, e di-lo-ei aos meus caros jovens, da vossa parte.
– Recolhimento, obediência, fuga do ócio e oração.
– E o que mais?
– Oração, fuga do ócio, obediência e recolhimento.
– Nada mais?
– Obediência, recolhimento, oração e fuga do ócio.
Recomende-lhes estas coisas, que elas são suficientes.
Teria querido perguntar-lhe muitas coisas mais; porém, não me vinham à lembrança.
Assim é que, mal o Bispo terminou de falar, impaciente para vos transmitir aqueles avisos, deixei apressadamente o salão e corri para o Oratório.
Voava com a rapidez do vento, e num instante encontrei-me à porta de casa.
Mas ao chegar, parei e pensei:
Por que não permaneci mais tempo com o senhor Bispo?
Teria conseguido ainda melhores esclarecimentos. Fiz mal em deixar escapar essa ocasião tão boa. Teria aprendido muitas coisas interessantes...
Imediatamente, voltei atrás com a mesma rapidez com que tinha vindo, receoso de não mais encontrar o senhor Bispo.
Entrei novamente no palácio e no salão...
* * *
Mas que mudanças se haviam operado em poucos instantes!
O Bispo, pálido como cera, estava agora estendido sobre um leito, e parecia um cadáver!
Nos seus olhos brilhavam ainda as últimas lágrimas, pois estava em agonia!
Só pelo ligeiro movimento do peito, produzido pelos últimos alentos, se deduzia que ainda estava vivo.
Aproximei-me, com grande preocupação, e perguntei-lhe:
– Senhor Bispo, o que vos aconteceu?
– Deixe-me! – respondeu, com um gemido.
– Teria ainda muitas coisas para vos perguntar.
– Deixe-me só! Sofro profundamente!
– Que posso fazer por vós?
– Reze, e deixe-me ir embora!
– Para onde?
– Para onde me conduz a Mão omnipotente de Deus.
– Mas, senhor Bispo, rogo-vos que me digais o local.
– Sofro imensamente, deixe-me!
Eu repetia:
– Mas ao menos dizei-me: O que posso fazer por vós?
– Reze por mim.
– Uma só pergunta: Tendes algum encargo que eu possa fazer-vos no mundo? Não quereis dizer nada para o vosso sucessor?
– Vá ao atual Bispo de..., e diga-lhe, da minha parte, tal e tal coisa...
As coisas que me disse não vos interessam queridos jovens, e por isso as omito...
E o Bispo acrescentou:
– Diga também a tais e tais pessoas, tais e tais coisas secretas...
(Também sobre esses recados, Dom Bosco calou-se. Mas tanto os primeiros como os segundos recados, parece que se referem a avisos e remédios com respeito à sua antiga Diocese).
– Nada mais?
– Diga aos seus jovens que eu sempre lhes quis muito bem, e que eu, enquanto vivi, sempre rezei por eles, e ainda agora me recordo deles.
Que eles também rezem por mim.
– Tende a certeza, senhor Bispo, de que assim o direi. Começaremos imediatamente a oferecer sufrágios por vossa Alma.
E quando o senhor Bispo estiver no Paraíso, lembre-se de nós.
O Bispo tinha tomado um aspecto ainda mais sofredor!
Era um tormento vê-lo, pois sofria muitíssimo! Era uma agonia das mais angustiosas!
– Deixe-me! Deixe-me que vá para onde o Senhor me chama! – respondeu ele.
– Senhor Bispo! Senhor Bispo! – repetia eu, cheio de indizível compaixão.
– Deixe-me, deixe-me! – insistia ele, dolorosamente.
Parecia que expirava!
E logo uma força invisível arrastou-o dali para habitações mais interiores, e desse modo desapareceu... Eu, assustado e comovido com todo esse sofrimento, quis voltar atrás; mas, tendo batido com o joelho num objeto qualquer daquela sala, acordei, e encontrei-me de repente deitado no meu quarto... Como vedes caros jovens, este foi um sonho semelhante aos demais. E no que se refere a vós, não tendes necessidade de mais explicações, porque todos entendeste-las bem.
E Dom Bosco concluiu a narração, dizendo:
Neste sonho, aprendi tantas coisas, a respeito da Alma e do Purgatório, como antes jamais havia chegado a compreender; e vi-as tão claramente que jamais as esquecerei.
* * *
Assim termina a narração dos nossos apontamentos.
Parece que, em dois quadros distintos, o Venerável Dom Bosco quis expor o estado de graça das Almas do Purgatório, e os seus sofrimentos expiatórios.
Nenhum comentário ele fez acerca do estado daquele bom Bispo.
Sabe-se, aliás, por revelações digníssimas de fé e pelo testemunho dos Santos Padres, que até algumas almas de santidade consumada, lírios de virginal pureza, carregadas de méritos, fazedores de milagres, almas que nós hoje veneramos nos altares, também tiveram de permanecer algum tempo no Purgatório, por impurezas ou defeitos ligeiríssimos (não devidamente expiados neste mundo).
A Justiça Divina quer que, antes de entrar no Céu, cada um pague até à última parcela das suas dívidas.
Nós, que escrevemos esta visão, tendo perguntado a Dom Bosco, algum tempo depois, se havia executado os encargos recebidos daquele Prelado, com a confiança com que ele nos honrava, respondeu-nos:
"Sim, executei fielmente o que ele me recomendou".
Observamos também que a pessoa, que transcreveu o sonho, omitiu uma circunstância, que agora nós recordamos, talvez porque então não entendia o seu sentido e importância:
Dom Bosco havia perguntado, a certa altura, quanto tempo ele mesmo ainda viveria, e o Bispo havia-lhe apresentado um papel cheio de rabiscos entrecruzados, parecidos com o número 8, mas sem dar explicação alguma desse mistério...
Indicaria o ano de 1888, ano em que Dom Bosco faleceu.
S. João Bosco começou por chamar Oratório, ou Oratório Festivo, às reuniões que fazia para os jovens, nos Domingos e Dias de Festa.
Nessas reuniões, rezava com os rapazes, dava catequese, ministrava os Sacramentos e proporcionava sadia recreação.
Com o passar do tempo, o Oratório passou a designar, por extensão, o local de Turim onde o Santo estabeleceu a sua obra.
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Na Itália, o tratamento respeitoso de "Dom" (de 'dominus', isto é, senhor) é dado habitualmente aos Sacerdotes seculares.
No Oratório, chamava-se “Boa noite” à alocução, geralmente breve, que Dom Bosco costumava fazer, no fim de cada dia.
Tal costume permanece até hoje, nas Casas salesianas.
Da narrativa de S. João Bosco, pode certamente depreender-se que, neste caso concreto (assim como no doutros semelhantes), não se tratou de um sonho normal, mas de uma autêntica visão sobrenatural.
Na sua profunda humildade, o Santo terá tentado ocultar, com as frases que acabamos de ler, o verdadeiro caráter místico dessas revelações recebidas.
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