Academia da Congregação Maria de Nossa Senhora Auxiliador e de São José

São José na Vida da Igreja
Se São José teve um relacionamento pessoal e direto com Cristo e com sua missão redentora, é evidente que também este deve estender-se para a Igreja que é o prolongamento de Cristo no mundo. Justamente por isso os bispos e superiores de várias ordens religiosas pediram além de um culto especial na liturgia, que também “o Santo ecumênico Sínodo Vaticano I decretasse que São José, ao qual Deus tinha confiado a guarda da Sagrada Família, fosse declarado Primeiro Patrono da Igreja depois da Virgem Santíssima” (Ci prien Macabiau – De cultu S. Josephi, Sponsi Virginis Mariae ac Christi Parentis amplificando Postulatum, Paris 1908 pg 3-15).
Na verdade este Concílio, devido às situações políticas, terminou abruptamente e não houve tempo para tratar deste pedido que fora firmado por 38 dos 42 cardeais presentes no Concílio, entre os quais, aquele que depois foi o papa Leão XIII e por 217 bispos. Mas aos 8 de dezembro de 1870 o Papa Pio IX com o Decreto Quemadmodum Deus proclamou São José como Patrono da Igreja Universal Católica.
Neste Decreto o Papa lembra a eleição de São José como guarda dos tesouros mais preciosos de Deus, Jesus e Maria, e que ele como pai abraçou e beijou com afeto paterno, e nutriu com especialíssima solicitude a Jesus e que por tal sublime dignidade que Deus concedeu-lhe, a Igreja lhe rende honras somente inferiores a Maria. Lembra que muitos prelados e fiéis tinham pedido de que fosse declarado Patrono da Igreja durante o Concílio Vaticano I e o papa quis atender o desejo dos solicitantes declarando-o solenemente Patrono da Igreja Católica (ASS 6 [1870] 193-194).
Alguns anos depois, Leão XIII, aquele que no Concílio Vaticano I tinha assinado a petição para a declaração do patrocínio de São José na Igreja, publicou a Encíclica Quamquam Pluries, em 15 de agosto de 1889. Nela ele diz:
“São José é com título próprio, Patrono da Igreja, a qual dele espera muitíssimo a defesa e o patrocínio, porque ele foi o esposo de Maria e pai, como era tido, de Jesus Cristo. Disso lhe advém dignidade e graça, santidade e glória... A casa divina, a qual São José preside com pátria potestade, contém o germe da incipiente Igreja. A Virgem Santíssima enquanto mãe de Cristo, é também mãe de todos os cristãos, porque os gerou sobre o Calvário entre as dores do Redentor; e Jesus é irmão como o primogênito de  todos os cristãos, por adoção e redenção. Em tudo isso devemos ver a causa pela qual, com título singular, ao beatíssimo Patriarca é confiada a multidão da qual é composta a Igreja, o que quer dizer, esta família inumerável e presente em todo o mundo, sobre a qual, por ser ele esposo de Maria e pai de Cristo, exercita uma autoridade em certo sentido paterna. É portanto justo e muito conveniente para a dignidade de São José que como em tempos passados considerou sua função de defender santamente a família de Nazaré em todas as suas necessidades, que agora proteja a Igreja de Cristo com seu celeste patrocínio”. (ASS 22 [1889] 67).
Fundamentando-se nos documentos pontifícios é evidente que a maior razão para o Patrocínio de São José é devido ao fato de que ele foi o pai e Jesus aqui na terra e portanto é também o pai da Igreja, seu Patrono e Protetor, porque a Igreja é o corpo de Cristo, inseparável dele. Portanto, Leão XIII ao colocar o seu pontificado ao patrocínio de São José, não teve intenção simplesmente de dar-lhe uma honra, mas fazer um reconhecimento por aquilo que ele é.
São José não é simplesmente Patrono da Igreja, mas também de cada fiel; de fato, o papa no seu Decreto ensina que a sua proteção é para todos os fiéis. Isto ele exprimiu muito bem de outra forma na oração que compôs para que fosse rezada no mês de outubro depois da reza do terço, com estas palavras: “Protegei cada um de nós com vosso constante patrocínio, a fim de que ao vosso exemplo e sustentados pelo vosso auxílio possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança” (ASS 22 [1889] 117-118).
Em decorrência disso, assim como chamamos Maria “Nossa mãe Celeste”, devemos também chamar São José “nosso pai”, como fazia Santa Tereza de Jesus que o chamava: “Meu pai e senhor São José”.
Em vista disso, o Papa Pio XI numa mensagem aos casais aos 19 de março de 1938, intercede a São José para que “com a sua paterna providência e com a sua intercessão onipotente, seja de ajuda  a vós e às vossas famílias”. Um exemplo de confiança no poder de intercessão de São José é-nos dado por Santa Tereza de Jesus quando afirma: “Parece que o Senhor tenha dado aos outros santos a graça de socorrer-nos em qualquer necessidade particular, mas o glorioso São José, sei por experiência que nos socorre em todas...”
A liturgia reconhece de modo claro a função de protetor que São José exercitou na história da salvação, "a cuja primorosa custódia Deus quis confiar os inícios de nossa redenção", e considera tal proteção em relação a Cristo, pois "o colocou como chefe de tua família para guardar como pai o que o único filho", e também em relação à igreja, sobre a qual é invocado o seu patrocínio e: “continueis do céu a sua primorosa custódia para a Santa igreja que o venera como protetor" (Missal Romano).
Os ensinamentos dos Sumos Pontífices a este respeito se fundamentam em suas próprias convicções em recomendarem para toda a Igreja o Patrocínio de São José. Basta lembrar que o papa Pio IX proclamou São José Patrono da Igreja Universal, mas antes disso, no ano seguinte à sua eleição ao pontificado, ou seja, no dia 10 de setembro de 1847, através do decreto Urbis et Orbis, tinha estendido a festa do Patrocínio para toda a igreja, tornando-a festa de preceito.
O Patrocínio de São José sobre a Igreja universal foi proclamado aos 8 de dezembro de 1870 pelo mesmo pontífice por meio da Sagrada Congregação dos Ritos com o Decreto “Quemadmodum Deus”. Trata-se de um Decreto que no dizer do papa João XXIII, “abriu um veio de riquíssimas e preciosas inspirações aos sucessores do nosso Pio”.
O Decreto e evidencia a dignidade única de São José "constituído por Deus Senhor e Príncipe de sua casa e de sua possessão e escolhido como guarda dos divinos tesouros ". Sendo que São José é o segundo em dignidade depois da Virgem, e sendo honrado por Deus de modo excepcional, era lógico que a Igreja recorresse a ele em suas dificuldades, entre os erros no campo filosófico, religioso, moral e social, que andavam concomitantemente com as turbulências políticas condenadas depois de alguns anos com o a Encíclica "Quanta cura" e depois na célebre lista das 80 proposições errôneas, denominada " Syllabus" de 1864.
A conflitiva situação daquele tempo persuadiu o papa Pio IX a  "colocar a si próprio e a todos os fiéis sob o potentíssimo patrocínio do Santo patriarca José", pedindo de fazê-lo aos bispos do mundo católico em seus nomes e também em nome do "Sagrado Ecumênico Concílio Vaticano".
Aos 15 de agosto de 1889, Leão XIII publicou a Encíclica “Quamquam Pluries”, também esta levada pelas circunstâncias difíceis que estava atravessando a igreja durante o seu pontificado. A exortação Apostólica de S. João Paulo II, que estamos tratando, justamente lembra o centenário desta Encíclica leonina.  Mereceria também neste contexto lembrar o Motu Proprio "Bonum Sane" de  Benedito XV lançado aos 25 de julho de 1920 por ocasião do 50º aniversário da proclamação do Patrocínio de São José assim como as freqüentes intervenções de Pio XI  e depois de Pio XII que repropuseram São José como Patrono e modelo dos operários (11 de março 1945), assim como do papa Paulo VI.
O papa S. João Paulo II acrescenta a estas considerações que nós ainda hoje temos motivos suficientes para recomendar a São José cada homem.  Afirma ainda que o seu patrocínio "é necessário ainda para a igreja não somente para a defesa contra os perigos, mas também e sobretudo para confortá-la no seu renovado empenho de evangelização no mundo e de reevangelização naquelas nações, onde a religião e a vida cristã são colocadas a duras provas".

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Devoção á Sagrada Família contra a Ideologia de genêro.
“... Com o florescimento da devoção dos fiéis a São José, aumentará ao mesmo tempo, como necessária consequência, o culto à Sagrada Família de Nazaré, da qual ele foi o augusto chefe, brotando estas duas devoções uma da outra espontaneamente, dado que por São José nós vamos diretamente a Maria, e por Maria à fonte de toda santidade, Jesus Cristo, o qual consagrou as virtudes domésticas com a sua obediência para com São José e Maria. Nestes maravilhosos exemplos de virtude, Nós, pois, desejamos que as famílias cristãs se inspirem e completamente se renovem. E assim, dado que a família é o sustentáculo e a base da sociedade humana, fortalecendo a sociedade doméstica com a proteção da santa pureza, da fidelidade e da concórdia, com isso realmente um novo vigor, e diremos ainda, quase um novo sangue, circulará pelas veias da sociedade humana, que assim virá a ser vivificada pelas virtudes restauradoras de Jesus Cristo, e delas seguirá um alegre reflorescimento, não só dos costumes particulares, mas também das instituições públicas e privadas. Nós, portanto, cheios de confiança no patrocínio Daquele à cuja próvida vigilância Deus agradou-se em confiar a guarda de seu Unigênito encarnado e da Virgem Santíssima, vivamente exortamos todos os Bispos do mundo católico, a fim de que, em tempos tão borrascosos para a Igreja, solicitem aos fiéis que implorem com maior empenho o válido auxílio de São José...” (Bonus Sane, Carta Encíclica de S.S. o Papa Bento XV (Motu Próprio), 25 de julho de 1920). 
Palavras essas de Sua Santidade o Papa Bento XV, em 1920, nos parece saída hoje para enfrentar a filha do comunismo, a ideologia de gênero, desgraça atual tão nefasta para a nossa sociedade, que quer virar as costa para Nosso Senhor, negando como que o seu “Reinado pessoal” em nossos corpos e almas, templos do Espirito Santo e se rebelar contra a natureza humana, criada e desejada por Deus, pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, porque a alma humana é espiritual e racional, livre na sua ação, capaz de conhecer e de amar a Deus, e de gozá-Lo eternamente, perfeições que refletem em nó sum raio da infinita grandeza de Deus na tentativa de alcançar aquilo que a Revolução Francesa não conseguiu, banir o reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo, de nossas almas o Amor a Deus e nossa vocação primaria, de sermos Homens e Mulheres, transmitir aos nossos filhos pela Indissolúvel sacramento do matrimônio,  a fé católica. Querendo enganar que não exista a o homem natural e a mulher natural, para ai introduzir a rebelião contra Deus.

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A Castidade entre S. José e Maria Santíssima.
É comum apreciarmos a cena do casamento de José com Maria, muito errada, onde ele é representado como um velho, fruto da invenção dos apócrifos em faze-lo um esposo decrépito de Maria, a fim de eximi-lo de qualquer que fosse a responsabilidade na concepção virginal de Maria. Esta ideia foi bem acolhida especialmente por nível popular na arte, na escultura, no teatro religioso, etc., sempre apresentando-o velho, careca ou com poucos cabelos brancos, numa atitude que representava mais um servo de Maria do que seu digno esposo.
Temos que recordar que Nosso Senhor é o Primogênito do gênero humano, até mesmo na ovulação de Nossa Senhora, teve sua primeira menstruação e logo veio a encarnação.
Uma reação a esta concepção errada e injusta só chegou com Gerson (1363-1429), o qual passou a exaltar a grande missão de José como esposo de Maria semelhante a ela nos dons e virtudes (L.Martin Gonzáles, Iconografia de São José, sus fuentes – Estudios Josefinos, 26 [1972] pg 203-212).
Naturalmente as razões para negar uma idade avançada a José, como esposo a partir de então, foram que se ele fosse muito velho seria um homem incapaz de gerar filhos, e de defender Maria de eventuais calunias de adultério e nem Jesus de ser um filho adulterino.
Além disso, não poderia desenvolver suas funções de pai nas diversas circunstâncias como a viagem de Nazaré a Belém e depois ao Egito com o retorno para Nazaré, e que teria dificuldade de prover as necessidades naturais para Jesus e Maria, pois teria suas forças físicas debilitadas.
Face a isso, segundo o conhecimento e as fontes de que hoje dispomos, e que os antigos escritores não tinham, é consenso comum atribuir a José aquela idade que era própria para um jovem hebreu casar-se, ou seja, entre os 18 a 25 anos (H.Haag, Diccionario de la Biblia, 1963 – voz matrimonio, col 1199).

4. A educação religiosa de S. José
A paternidade de São José foi, um dom de Deus e por isso ela foi dotada do que é essencial para qualquer paternidade dando-lhe plenamente a consciência de seus direitos e deveres. José foi depois de Maria, o primeiro adorador de Jesus, Filho de Deus; ele o circuncidou, apresentou-o no Templo, conduziu-o com cuidado e carinho juntamente com Maria para o Egito e depois os trouxe de volta para Nazaré. Ele depois providenciará laboriosamente com seu trabalho o sustento de Jesus e Maria.
Como muito bem afirmou Santo Tomás, o matrimônio de José com Maria e sua consequente paternidade, foram em vista da educação de Jesus, e neste sentido José exercitou os seus deveres, dentre os quais um dos mais importantes aquele da educação religiosa de Jesus, que segundo os costumes ele ensinou a Jesus desde as tradições nacionais, as quais em grande parte eram de natureza religiosa, assim como as prescrições dadas aos antepassados (Ex 10,2).
Fazia também parte desta educação religiosa o ensinamento dos textos literários (2Sam 1,18), ensinamentos este que Jesus recebeu particularmente na escola sinagogal. Claro que a mãe também tinha sua responsabilidade na educação dos filhos, tais como os elementos de instruções moral (Prov 1,8; 6,20), e por isso Maria foi juntamente com seu esposo a dedicada educadora de Jesus.
Não faltavam ainda na instrução religiosa a história da libertação do povo da escravidão e as grandes linhas da história da salvação, assim como os salmos, os ensinamentos dos profetas, etc. De tudo isso José foi um fiel executor. Portanto no processo educativo de Jesus, toda a sua vida foi impregnada dos exemplos e dos ensinamentos de José, assim como da educação profissional. É importante lembrar que os artistas também exprimiram este aspecto de José educador apresentando-o algumas vezes ao lado de Jesus diante de um livro instruindo-o.
O título mais comum que os teólogos encontraram para designar a paternidade de São José é "pai putativo", baseando-se em Lucas 3, 23: "Ao iniciar o ministério, Jesus tinha uns trinta anos, filho, segundo se pensava de José..." Esse título também diz pouco. Serve somente para afirmar que os habitantes de Nazaré acreditavam que ele era o pai, sem que ele o fosse, o que pode fazer com que também nós acreditemos sem que ele o seja.
Não encontrando uma palavra que possa expressar perfeitamente essa paternidade especial, o melhor seria continuar chamando São José simplesmente de "pai de Jesus", como a Sagrada Escritura sempre o chamou, não acrescentando nenhum adjetivo especial a esse título.

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O Nome a Jesus e os Sonhos de José
“Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor falou pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que se chamará Emanuel (Is 7,14), que significa: Deus conosco. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa. E, sem que ele a tivesse conhecido, ela deu à luz o seu filho, que recebeu o nome de Jesus” (Mt 1,21-25)
Sabemos que para o povo bíblico o nome designa a própria natureza do ser, as suas qualidades e a missão da pessoa. No livro do Gênesis (17,5) Javé trocou o nome de Abrão para Abraão porque o tornou pai de uma multidão.
Dar o nome ao filho é um direito inerente à missão dos pais, pois estes exercitam a autoridade sobre eles, e de certo modo designam a personalidade deles. De fato, Abraão deu o nome aos seus filhos Israel (Gn 16,15;); Isac (Gen 17,19); Raquel ao filho José (Gn 30,22-24); Ana ao Filho Samuel (1 Sam 1,20); Zacarias a João (Lc 1,55-64).
Na verdade, nesta ótica bíblica, José ao impor o nome a Jesus, o introduziu na descendência davídica com a sua consequente messianidade, assim como assumiu sobre ele os direitos de pai.
De fato, São João Crisóstomo coloca na boca do anjo do anúncio a José, estas palavras:
“Sem bem que tu, José, não tens nada a ver com a geração... te confiro igualmente aquilo que é próprio de um pai, impor-lhe o nome; te confio Jesus para que sejas aqui na terra o seu pai” (In Matthaeum homilia IV: MG 57,46-47).
Os sonhos estão presentes na história dos Patriarcas, tais como: Abraão (Gn 15,.12); Jacó (Gn 31,10-18); José (37,5-10), etc. No NT são apresentadas situações de visões mas que no contexto parecem sugerir sonhos (At 16,9; 27,23; 18,9; 23,11), além daquelas referências de Mateus, onde se descreve a vocação de José (1,18-25), A fuga para o Egito (2,13-15), A volta do Egito (2,19-23), etc.
            Ligado aos sonhos de José estão os anjos, os mensageiros de Deus. São várias as passagens do NT que fazem referências aos anjos (Lc 1,11; 2,9; At 5,19; 8,26; 12,7.23; 22,43; Mt 4,11 etc.).
O beato Paulo VI evidencia neste fato, São José como modelo de escuta da vontade de Deus, onde por “três vezes no evangelho, se fala de colóquios de um anjo com José durante o sono. O que quer dizer isso? Significa que José era guiado, aconselhado no íntimo, pelo mensageiro celeste. Havia uma ordem da vontade de Deus que se antepunha às ações e portanto o seu comportamento normal era movido por um arcano diálogo do que fazer: José, não temas; não faças isso; partas, voltes!
Vemos (nele) uma estupenda docilidade, uma prontidão excepcional de obediência e de execução. Ele não discute, não hesita, não reivindica direitos ou aspirações. Lança-se na execução da palavra que lhe foi dirigida” (Homilia 19/3/1968).
Portanto, José regulou a sua vida como a sua consciência, iluminada pelo o que o Espírito de Deus lhe ditava. Ele comporta-se conforme as inspirações que lhe vinham do alto. Como conclusão pode-se dizer que os sonhos de São José conforme nos apresenta o evangelista Mateus, podem ser considerados como um meio de revelação divina. Eles podem ser considerados evidentes inspirações divinas que o guiava para o desenvolvimento de sua responsabilidade de pai legal de Jesus.
Os sonhos de José narrados por Mateus evidenciam este fato, pois estes referem-se aos “mistérios” da vida de Jesus, ou seja, nascimento, permanecia no Egito e residência em Nazaré, mistérios estes, dos quais São José foi indispensável “ministro”.
De fato, nos episódios de sua vocação (Mt 1,18-25), José resolve suas dúvidas diante da maternidade de Maria, quando o anjo o coloca junto a ela para assegurar a messianidade de Jesus através da descendência davídica e depois para dar-lhe o nome. Da mesma forma, a permanência no Egito é para salvar a vida física de Jesus ameaçada por Herodes, mas dentro do “mistério” é a redenção da humanidade operada naquela região de antiga escravidão através do Filho e do intervento do Pai: “do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2,15).
Este sentido de disponibilidade e de obediência de José é lembrado por são João Paulo II propondo-o como modelo para toda a Igreja... “Logo no princípio da Redenção humana, nós encontramos o modelo da obediência encarnado, depois de Maria, precisamente em José, aquele que se distingue pela execução fiel das ordens de Deus” (RC 30).